Divulgar a cultura pop japonesa. Esse
era o objetivo do jovem Leonardo Tamietti, fã de animes e mangás,
que em 2005, com apenas 21 anos, lançou em Manaus oAnime Jungle Party. O evento já
acontece há sete anos e na sua última edição conseguiu reunir12 mil pessoas.
A primeira edição contou com um público
de 1.600 pessoas em dois dias de evento. Leonardo contou para o Ufam Nomics que no começo parecia
loucura insistir na ideia. “Eu e mais 5 amigos investimos R$ 8 mil e não
conseguimos lucrar nada. Foi um verdadeiro fracasso. Continuamos insistindo
mesmo porque não tinha nada parecido em Manaus e queríamos expandir a cultura oriental na cidade”, disse.
Cosplayers são um dos pontos altos do evento
Apesar do prejuízo, Leonardo resolveu
apostar e padronizar o projeto. Ele definiu uma programação com 3 edições do
AJP por ano ano, cada uma com 3 dias. “Após alguns anos, conseguimos patrocínio
da Coca-Colae melhoramos a
estrutura. A média de pessoas subiu nas últimas edições para 7 mil nos 3 dias”,
contou.
Leonardo também voltou o evento para o
público familiar. A principal ferramenta de divulgação foi o facebook. “Nós não
vendemos bebidas e oferecemos atrações para todas as idades. Escolhemos o
facebook para divulgar, porque é de graça e eficiente. Chega com facilidade no
nosso maior público”, ressaltou o empresário.
Equipe do UfamNomics e do Pulo Duplo no Anime Jungle Party
Este ano, a 21ª edição do AJP trouxe
atrações nacionais como o cantor e compositor Edu Falaschi, vocalista da banda Angra, os integrantes do site geek ‘Jovem Nerd’, o dublador dos personagens Goku e Bob Esponja, WendelBezerra e o dublador dos personagens Vegeta e Brock, Alfredo Rollo. Os custos
gerais foram de R$62 mil e a recompensa foi o público recorde de12 mil pessoas “Foi a primeira vez
que lucramos de verdade. Não temos uma tabela certa de saldo por evento,
depende da bilheteria, a única coisa fixa é a tabela de pagamento, que fica em
torno de R$ 20 mil. O resto do dinheiro é investido no evento”, explicou.
O idealizador está feliz com os
resultados e pretende continuar com o AJP. “Todo ano inovamos com mais
brinquedos, mais divertimento. Não ficamos parados e estamos de olho nos
lançamentos. Sempre que possível investimos em mais atrações. Nossa meta é manter
uma média de 10 mil pessoas por edição este ano, já começamos com 12 mil, então
estamos muito felizes”, concluiu.
A equipe do UfamNomics foi ao AJP e fez uma entrevista com os convidados 'Jovem Nerd' e Azaghal, confira o resultado no vídeo abaixo:
Os blogs surgiram inicialmente apenas com o papel de diários virtuais. Mas com o crescimento da blogosfera surgiram diversos outros tipos, como blogs de gênero que tratam de um assunto específico, sendo estes os com o maior número de acesso justamente por segmentar seu público tornando mais fácil atrair anunciantes.
A possibilidade de agregar publicidade aos blogs tornou algo que antes só era uma forma de compartilhar informações em um possível negócio. Esse é o caso da jornalista paulista, mas que mora em Manaus há alguns anos, Rebeca Lot, co-criadora do blog de moda Oui Love.
A blogueira revelou ao UfamNomics que aproveitou a febre dos blogs de moda no resto do mundo para inserir o modelo na capital amazonense e lucrar com isso. "Quando vi que o mercado de blogs estava bombando fora e aqui em Manaus era algo que quase não existia, pensei que poderia ganhar dinheiro com isso", conta a jornalista.
OOui Love mal completou um ano e já possui diversos anunciantes e um público cativo. Rebeca conta que grande parte do sucesso do blog é que ele foi criado já com o propósito de ser um negócio. Antes mesmo do blog entrar no ar, a jornalista procurou patrocínios e investiu na divulgação através de jornais locais.
Rafael Froner também conseguiu lucrar com seu blog
O publicitário Rafael Froner criou o blog de cultura pop Pelamordi apenas com o propósito de expressar sua opinião. Com o aumento de visitas do blog, Rafael passou a utiliza-lo para promover as festas que realiza, como Toca Madonna e Chickens Can Fly. “Ganhar dinheiro com blog é algo que dá um gás a mais no blogueiro, especialmente em Manaus onde o investimento publicitário online ainda é prematuro. Então, faz bem para o blogueiro e muito mais ao leitor, que pode conhecer coisas que antes não teria chance”, explica o publicitário.
É cada vez mais comum nos depararmos com cupcakes em aniversários, casamentos e chás, seja substituindo os tradicionais convites e lembrancinhas ou ganhando espaço em meio ao bufê do festejo.O mini bolo, que se tornou mania ao aparecer diversas vezes no seriado ‘Sex and the City’, surgiu no Reino Unido – onde era conhecido como fairy cake – e caiu no gosto das manauaras mais antenadas, que fazem de tudo para incrementar as suas festas com os famosos cupcakes.
Confira abaixo as histórias que renderam à moda desses minibolos e saiba onde encomendá-los em Manaus para o seu festejo.
Amor materno
O filho Murilo foi o motivo pelo qual a estudante Mary Portela iniciou, ao lado da amiga Ana Carolina Persilva, a empresa ‘Cupcake e Doces Mary Portela’. “Depois que ele nasceu, eu tinha todos os planos de voltar para a faculdade, projetos e tudo, só que não consegui. Babá, para mim, é impossível”, revelou.
Um dos trabalhos de Mary Portela
Como já era familiarizada com doces em geral (Mary fez, inclusive, o seu bolo de 15 anos), a estudante resolveu arriscar e fazer cupcakes para o primeiro aniversário do filho. Foi em lojas de festa, comprou os materiais e postou as fotos dos mini bolos no Facebook, onde foi bombardeada por amigos fazendo encomendas.
Mary conta que, em datas comemorativas, a empresa é uma loucura, devido à forte demanda. “Agora que o cupcake está na moda é sensacional. É cupcake, popcake... E é uma coisa que você pode decorar do jeito que quiser”,completou, destacando que costumam trabalhar com aniversários, chás, casamentose até mesmo empresas.
Treze anos
Olha só que charme o mini bolo trufado com olho de sogra que a Gabi Alves faz
Para muitas pode ser recente, mas para Gabi Alves a relação com os cupcakes já vem de anos. “Tem uns 13 anos que comecei a fazer cupcakes. Aprendi fazendo para mim e para os meus sobrinhos,aí o pessoal gostou, a família foi pedindo, estendeu-se para os amigos e chegou a um ponto que não teve jeito, tive que começar a comercializar”, disse.
Proprietária da ‘Gabi Alves Doces Artesanais’, ela nunca fez nenhum curso e aprendeu porque sempre gostou do mini bolo. Além de encomendas para aniversários e casamentos, Gabi também fornece seus cupcakes para diversos restaurantes diariamente. Segundo ela, ainda, há dois sabores que costumam fazer o maior sucesso entre os clientes. “O cupcake tradicional, com cobertura de baunilha, e o todo de brigadeiro são os que mais costumam sair”, apontou.
Novata
Diferente de Mary e Gabi, a arquiteta e urbanista Lorena Pimentel não costuma comercializar os seus mini bolos (pelo menos por enquanto!). “Comecei a fazer cupcakes há menos de seis meses. Sempre tive vontade de aprender e, assim que surgiu a oportunidade, comprei o material, pesquisei algumas receitas na internet e dei o primeiro passo”, comentou.
A arquiteta e urbanista sempre gostou de fazer sobremesas, o que encara como uma terapia, principalmente quando está ansiosa. Mesmo não tendo o hábito de fazer os cupcakes por encomenda, Lorena confessa que abriu algumas exceções nos últimos meses, principalmente pelos elogios e incentivos dos seus amigos e familiares.
Quer aprender também a fazer cupcake?
A febre dos "bolos de copo" é tão grande no Brasil que virou notícia em um dos telejornais mais populares do Brasil. Dá uma olhada na matéria ensinando a fazer o doce no Jornal Hoje:
Com a intenção de complementar a renda, ou até de arranjar um saída para problemas financeiros, algumas pessoas acabam recorrendo ao mundo do trabalho autônomo. Este é o exemplo de Francisca Queiroz, mais conhecida como “tia da trufa”, que vende doces na Ufam e já se tornou uma figura conhecida na Instituição pela simpatia e pelo produto. A equipe do UfamNomics parou a pequena empresária nos corredores da universidade e pediu algumas dicas sobre como é possível ganhar dinheiro apenas com a venda de doces.
Francisca nos reveleu que sempre gostou de cozinhar, o que a fez unir a paixão pelo doces com necessidade que teve de ganhar dinheiro rápido depois de um acidente. “Eu sempre fui doceira e salgadeira, desde os 14 anos. Trabalhei em casa de família, mas acabei ficando doente, quase perdi o braço. Foi quando eu comecei a vender trufa e vi nisso um jeito de ganhar dinheiro”, afirmou.
Questionada sobre o porquê do sucesso de vendas de trufas, Francisca Queiroz deu a dica: “O importante na vida de um vendedor é saber ganhar os seus clientes. Várias pessoas já vieram na universidade vender doces, mas não forem para frente. Tudo porque não têm a alegria e a simpatia que eu tenho”, cantarolou.
Quer mais dicas sobre fazer dinheiro usando talentos culinários? Veja a entrevista que o UfamNomics fez com a "tia da trufa":
Mais dicas para o sucesso
Para dar uma forcinha a respeito do assunto, procuramos o consultor de marketing do Sebrae, Wlamir Bello, que ressaltou a importância do planejamento para as situações empreendedoras e o tempo que isso pode levar. Segundo ele, não adianta conduzir os negócios sem antes conhecer seu público e as necessidades. “Simule seus negócios antes de operar. Saiba sua capacidade de produção, quem são os fornecedores, quanto irá gastar e cobrar, e o número mínimo de unidades vendidas que cobrirão esses custos”, indicou.
Saber o que cada receita que vai utilizar e o custo de sua execução também são alguns dos fatores que devem ser pensados ao se elaborar o produto. Lembrando que, para determinar um preço adequado, além de somar os gastos com a matéria-prima, é necessário que se leve em conta a mão-de-obra também. ''É uma parte subjetiva, mas que deve ser botada na ponta do lápis'', orienta o consultor.
Dados do Instituto Euromonitor mostram
que o setor brasileiro de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos faturou no
último ano mais de US$ 43 bilhões. 18,9% mais que 2010, quando a indústria
movimentou US$ 36,187 bilhões.
Mas ao que se deve este crescimento? De
acordo com o economista Aníbal Turenko Beça, além da produção de seus produtos,
a alta é um reflexo cultural do próprio país. “Temos um parque industrial
pujante e de grande produtividade, sem levar em conta a quantidade de multinacionais
que produzem seus produtos aqui e os importados. Esses números só comprovam que
os brasileiros não têm mesmo poupado esforços e nem dinheiro para ficarem mais
bonitos. Nosso país é tropical, o corpo geralmente está à mostra, diferente de
países frios, onde tudo é coberto. Temos padrões e festas culturais que
celebram o corpo como o Carnaval. Temos a mídia impondo padrões de consumo e
comportamento, entre eles o de zelo e cuidado com o corpo”, explicou.
A mídia tem um papel importante na
divulgação dos produtos e do fascinante mercado da beleza. Novos blogs nascem
todos os dias e compartilham ideias sobre produtos e tendências. Uma das
pessoas que se utiliza desta rede, para a venda de produtos e trocar ideias é a
consultora de beleza Julie Brelaz. Ao invés da venda porta a porta, ela criou
um espaço no Facebook, para vender produtos e tirar dúvidas. “O grupo tem a
finalidade de trocar informações sobre produtos, dicas de beleza e moda.
Facilita minha comunicação com as consumidoras. Além de encontrar clientes de
todos os tipos e de todo lugar é uma maneira mais fácil e dinâmica de vender os
produtos. Ser consultora é sim muito vantajoso quando o trabalho é bem
administrado. Mulheres nunca vão deixar de ser vaidosa, esse mercado só tende a
crescer mais, pelas novidades, e eu to tentando passar isso a elas”,
declarou. A variedade é sim uma das questões que
atraem o público feminino, que sempre está a procura de novidades. “A variedade
de produtos é algo bom. Dá poder de escolha, comparação da qualidade de produtos
e até formas de pagamento”, defende a estudante universitária Leonilia
Abreu.
Outra vertente são os produtos
específico para homens. A indústria tem dado uma atenção especial para estes
públicos. São shampoos, cremes, e até esmaltes com cores. Eles gostam, deste
cuidado especial. “Cada vez mais os homens vem se interessando nestes produtos,
porque tem se importado mais com a aparência e até mesmo uma preocupação não só
com a autoestima, mas com a saúde. Os produtos masculinos vieram em ótima hora,
porque nossa pele, cabelo, unhas, são diferentes das mulheres. Vejo como uma
tendência de mercado até”, acredita o estudante Igor Matheus.
O estudo da londrina Euromonitor ainda
aponta que se o mercado continuar em ascensão, em 2013 ultrapassará o segundo
colocado em consumo de mercado de Beleza, o Japão.
Quando o estudante de Ciência da
Computação Marcelo Henrique da Silva, 20,
iniciou a Ingresseem
2009, não imaginava que o site de compras de ingressos fundado com quatro
amigos o levaria a um evento com 500 outras startupsem Mountain View, Califórnia.
Hoje o empreendimento agrega uma equipe de 16 pessoas e intermedia a venda de
ingressos para cerca de 30 eventos, festas e espetáculos em Manaus.
Marcelo contou ao UfamNomics que o foco do site não era apenas usuários interessados em consumir, mas recomendar, comentar e interagir com o conteúdo disponível na rede “Nós tivemos a idéia há cerca de dois
anos, quando o Gabriel Benarrós (presidente
da Ingresse), que estudava em Stanford, comentou sobre as empresas de vendas de ingressos online que estavam bastante populares
nos Estados Unidos, mas que eram sem graça por não permitir aos clientes
descobrir novos lugares ou interagir com outras pessoas”, conta Marcelo, que com outros
dois amigos, decidiu criar uma loja virtual de ingressos que atendesse as
necessidades desses usuários e oferecesse o serviço gratuitamente.
No site da AssociaçãoBrasileira de Startups (ABStartups) estão
registrados 295 empreendimentos que atuam desde o recrutamento e seleção de
recursos humanos para empresas até a venda de camisetas estampadas. No Brasil,
as startups se multiplicam no rastro do crescimento das compras virtuais. Com o
surgimento de 39,5 mi de usuários com acesso à internet no país entre 2007 e
2011, o faturamento do e-commerce (comércio através de lojas
virtuais) saltou de R$6,3bi para R$19bi no mesmo período. Apesar de serem um
modelo de negócios que inicia com poucos recursos e funcionários, o desempenho
e crescimento das startups tem atraído a atenção de investidores. Uma das
startups mais bem sucedidas é o site de compras coletivas Peixe Urbano,
fundado em 2010. Em dois anos, o site já vendeu mais de 900 mi de cupons de
compras coletivas e hoje emprega 900 funcionários no Brasil, Argentina e
México. Somente no primeiro ano de mercado, a empresa obteve um faturamento de
R$110mil.
Dois anos e meio após sua fundação, a
Ingresse já consegue ver o reconhecimento de seu trabalho. Em abril, a empresa
foi aceita no programa de aceleração 500 startups,
iniciativa que financia empresas em estágio inicial com investimentos entre
US$10 mil e US$250 mil. O programa, que acontece noVale do Silício, famoso por abrigar empreendimentos inovadores e milionários, também coloca
jovens empreendedores em contato com investidores e outros jovens interessados
em iniciar novas empresas.
Para Marcelo da Silva, ao começar uma
startup é fundamental estar disposto a correr riscos. “A parte mais difícil de
começar um novo empreendimento é parar de inventar desculpas como ʻnão tenho
dinheiro para começar meu negócioʼ ou ʻpreciso estudar mais um pouco sobre isso
ou aquiloʼ. Ninguém nunca está pronto e para empreender é preciso arriscar”,
afirma. Para se dedicar ao Ingresse, Marcelo trancou o curso de Ciência da
Computação na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e pediu demissão de uma
grande empresa de bancos de dados e hospedagem de sites de Manaus. “No começo
minha família tinha muitas dúvidas, mas hoje encaram a minha decisão de largar
a faculdade e o emprego como uma boa escolha”, diz ele. Questionado sobre seus
planos para o futuro, Marcelo não esconde o espírito empreendedor. “A Ingresse
ainda tem muitas realizações pela frente e devo me dedicar a elas durante esse
ano. Depois pretendo voltar para a faculdade, me graduar e levar adiante minha
formação acadêmica e os projetos pessoais em educação e desenvolvimento que
quero implantar no Amazonas.
Se você quiser saber mais sobre startups, confira os links abaixo: