quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Jovem empreendedor insere evento de cultura japonesa na programação de Manaus


Por Mônica Dias

Divulgar a cultura pop japonesa. Esse era o objetivo do jovem Leonardo Tamietti, fã de animes e mangás, que em 2005, com apenas 21 anos, lançou em Manaus o Anime Jungle Party. O evento já acontece há sete anos e na sua última edição conseguiu reunir 12 mil pessoas

A primeira edição contou com um público de 1.600 pessoas em dois dias de evento. Leonardo contou para o Ufam Nomics que no começo parecia loucura insistir na ideia. “Eu e mais 5 amigos investimos R$ 8 mil e não conseguimos lucrar nada. Foi um verdadeiro fracasso. Continuamos insistindo mesmo porque não tinha nada parecido em Manaus e queríamos expandir a cultura oriental na cidade”, disse.

Cosplayers são um dos pontos altos do evento
Apesar do prejuízo, Leonardo resolveu apostar e padronizar o projeto. Ele definiu uma programação com 3 edições do AJP por ano ano, cada uma com 3 dias. “Após alguns anos, conseguimos patrocínio da Coca-Cola e melhoramos a estrutura. A média de pessoas subiu nas últimas edições para 7 mil nos 3 dias”, contou.

Leonardo também voltou o evento para o público familiar. A principal ferramenta de divulgação foi o facebook. “Nós não vendemos bebidas e oferecemos atrações para todas as idades. Escolhemos o facebook para divulgar, porque é de graça e eficiente. Chega com facilidade no nosso maior público”, ressaltou o empresário.

Equipe do UfamNomics e do Pulo Duplo no Anime Jungle Party
Este ano, a 21ª edição do AJP trouxe atrações nacionais como o cantor e compositor Edu Falaschi, vocalista da banda Angra, os integrantes do site geek Jovem Nerd, o dublador dos personagens Goku e Bob Esponja, WendelBezerra e o dublador dos personagens Vegeta e Brock, Alfredo Rollo. Os custos gerais foram de R$62 mil e a recompensa foi o público recorde de 12 mil pessoas “Foi a primeira vez que lucramos de verdade. Não temos uma tabela certa de saldo por evento, depende da bilheteria, a única coisa fixa é a tabela de pagamento, que fica em torno de R$ 20 mil. O resto do dinheiro é investido no evento”, explicou.

O idealizador está feliz com os resultados e pretende continuar com o AJP. “Todo ano inovamos com mais brinquedos, mais divertimento. Não ficamos parados e estamos de olho nos lançamentos. Sempre que possível investimos em mais atrações. Nossa meta é manter uma média de 10 mil pessoas por edição este ano, já começamos com 12 mil, então estamos muito felizes”, concluiu.
A equipe do UfamNomics foi ao AJP e fez uma entrevista com os convidados 'Jovem Nerd' e Azaghal, confira o resultado no vídeo abaixo:


Blogs como pequenos negócios

Por Irena Freitas
Edição de Vídeo por Mônica Dias


Os blogs surgiram inicialmente apenas com o papel de diários virtuais. Mas com o crescimento da blogosfera surgiram diversos outros tipos, como blogs de gênero que tratam de um assunto específico, sendo estes os com o maior número de acesso justamente por segmentar seu público tornando mais fácil atrair anunciantes.

A possibilidade de agregar publicidade aos blogs tornou algo que antes só era uma forma de compartilhar informações em um possível negócio. Esse é o caso da jornalista paulista, mas que mora em Manaus há alguns anos, Rebeca Lot, co-criadora do blog de moda Oui Love.

A blogueira revelou ao UfamNomics que aproveitou a febre dos blogs de moda no resto do mundo para inserir o modelo na capital amazonense e lucrar com isso. "Quando vi que o mercado de blogs estava bombando fora e aqui em Manaus era algo que quase não existia, pensei que poderia ganhar dinheiro com isso", conta a jornalista.

O Oui Love mal completou um ano e já possui diversos anunciantes e um público cativo. Rebeca conta que grande parte do sucesso do blog é que ele foi criado já com o propósito de ser um negócio. Antes mesmo do blog entrar no ar, a jornalista procurou patrocínios e investiu na divulgação através de jornais locais.

Rafael Froner também conseguiu lucrar com seu blog

O publicitário Rafael Froner criou o blog de cultura pop Pelamordi apenas com o propósito de expressar sua opinião. Com o aumento de visitas do blog, Rafael passou a utiliza-lo para promover as festas que realiza, como Toca Madonna e Chickens Can FlyGanhar dinheiro com blog é algo que dá um gás a mais no blogueiro, especialmente em Manaus onde o investimento publicitário online ainda é prematuro. Então, faz bem para o blogueiro e muito mais ao leitor, que pode conhecer coisas que antes não teria chance”, explica o publicitário.

Links relacionados:

Na onda dos cupcakes

Por Gabriel Machado





É cada vez mais comum nos depararmos com cupcakes em aniversários, casamentos e chás, seja substituindo os tradicionais convites e lembrancinhas ou ganhando espaço em meio ao bufê do festejo.O mini bolo, que se tornou mania ao aparecer diversas vezes no seriado ‘Sex and the City’, surgiu no Reino Unido – onde era conhecido como fairy cake – e caiu no gosto das manauaras mais antenadas, que fazem de tudo para incrementar as suas festas com os famosos cupcakes.

Confira abaixo as histórias que renderam à moda desses minibolos e saiba onde encomendá-los em Manaus para o seu festejo.

Amor materno



O filho Murilo foi o motivo pelo qual a estudante Mary Portela iniciou, ao lado da amiga Ana Carolina Persilva, a empresa ‘Cupcake e Doces Mary Portela’. “Depois que ele nasceu, eu tinha todos os planos de voltar para a faculdade, projetos e tudo, só que não consegui. Babá, para mim, é impossível”, revelou.

Um dos trabalhos de Mary Portela
Como já era familiarizada com doces em geral (Mary fez, inclusive, o seu bolo de 15 anos), a estudante resolveu arriscar e fazer cupcakes para o primeiro aniversário do filho. Foi em lojas de festa, comprou os materiais e postou as fotos dos mini bolos no Facebook, onde foi bombardeada por amigos fazendo encomendas.

Mary conta que, em datas comemorativas, a empresa é uma loucura, devido à forte demanda. “Agora que o cupcake está na moda é sensacional. É cupcake, popcake... E é uma coisa que você pode decorar do jeito que quiser”,completou, destacando que costumam trabalhar com aniversários, chás, casamentose até mesmo empresas.

Treze anos

Olha só que charme o mini bolo trufado com olho de sogra que a Gabi Alves faz

Para muitas pode ser recente, mas para Gabi Alves a relação com os cupcakes já vem de anos. “Tem uns 13 anos que comecei a fazer cupcakes. Aprendi fazendo para mim e para os meus sobrinhos,aí o pessoal gostou, a família foi pedindo, estendeu-se para os amigos e chegou a um ponto que não teve jeito, tive que começar a comercializar”, disse.

Proprietária da ‘Gabi Alves Doces Artesanais’, ela nunca fez nenhum curso e aprendeu porque sempre gostou do mini bolo. Além de encomendas para aniversários e casamentos, Gabi também fornece seus cupcakes para diversos restaurantes diariamente. Segundo ela, ainda, há dois sabores que costumam fazer o maior sucesso entre os clientes. “O cupcake tradicional, com cobertura de baunilha, e o todo de brigadeiro são os que mais costumam sair”, apontou.

Novata



Diferente de Mary e Gabi, a arquiteta e urbanista Lorena Pimentel não costuma comercializar os seus mini bolos (pelo menos por enquanto!). “Comecei a fazer cupcakes há menos de seis meses. Sempre tive vontade de aprender e, assim que surgiu a oportunidade, comprei o material, pesquisei algumas receitas na internet e dei o primeiro passo”, comentou.

A arquiteta e urbanista sempre gostou de fazer sobremesas, o que encara como uma terapia, principalmente quando está ansiosa. Mesmo não tendo o hábito de fazer os cupcakes por encomenda, Lorena confessa que abriu algumas exceções nos últimos meses, principalmente pelos elogios e incentivos dos seus amigos e familiares.

Quer aprender também a fazer cupcake?

A febre dos "bolos de copo" é tão grande no Brasil que virou notícia em um dos telejornais mais populares do Brasil. Dá uma olhada na matéria ensinando a fazer o doce no Jornal Hoje:



Serviço

O quê: Cupcake e Doces Mary Portela
Informações: 8166-3546 /8138-6556 ou www.facebook .com /doces maryportela

O quê: Gabi Alves Doces Artesanais
Informações: 9237-8075 /3642-9281 ou gabiacs@hotmail.com

Profissionais aproveitam talento culinário para ganhar dinheiro

Por Beatriz Goes


Com a intenção de complementar a renda, ou até de arranjar um saída para problemas financeiros, algumas pessoas acabam recorrendo ao mundo do trabalho autônomo.  Este é o exemplo de Francisca Queiroz, mais conhecida como “tia da trufa”, que vende doces na Ufam e já se tornou uma figura conhecida na Instituição pela simpatia e pelo produto. A equipe do UfamNomics parou a pequena empresária nos corredores da universidade e pediu algumas dicas sobre como é possível ganhar dinheiro apenas com a venda de doces.

Francisca nos reveleu que sempre gostou de cozinhar, o que a fez unir a paixão pelo doces com necessidade que teve de ganhar dinheiro rápido depois de um acidente. “Eu sempre fui doceira e salgadeira, desde os 14 anos. Trabalhei em casa de família, mas acabei ficando doente, quase perdi o braço. Foi quando eu comecei a vender trufa e vi nisso um jeito de ganhar dinheiro”, afirmou.

Questionada sobre o porquê do sucesso de vendas de trufas, Francisca Queiroz deu a dica: “O importante na vida de um vendedor é saber ganhar os seus clientes. Várias pessoas já vieram na universidade vender doces, mas não forem para frente. Tudo porque não têm a alegria e a simpatia que eu tenho”, cantarolou.
Quer mais dicas sobre fazer dinheiro usando talentos culinários? Veja a entrevista que o UfamNomics fez com a "tia da trufa":




Mais dicas para o sucesso 

Para dar uma forcinha a respeito do assunto, procuramos o consultor de marketing do Sebrae, Wlamir Bello, que ressaltou a importância do planejamento para as situações empreendedoras e o tempo que isso pode levar. Segundo ele, não adianta conduzir os negócios sem antes conhecer seu público e as necessidades. Simule seus negócios antes de operar. Saiba sua capacidade de produção, quem são os fornecedores, quanto irá gastar e cobrar, e o número mínimo de unidades vendidas que cobrirão esses custos”, indicou. 

Saber o que cada receita que vai utilizar e o custo de sua execução também são alguns dos fatores que devem ser pensados ao se elaborar o produto. Lembrando que, para determinar um preço adequado, além de somar os gastos com a matéria-prima, é necessário que se leve em conta a mão-de-obra também. ''É uma parte subjetiva, mas que deve ser botada na ponta do lápis'', orienta o consultor.
  
Serviço 
DOCEIRA “TIA DA TRUFA” DA UFAM
Encomendas: 3644 0541
Twitter: @TiadaTruffa

Brasil desponta como o terceiro colocado no mercado de produtos de beleza

Por Camila Pereira


Não importa a cultura, a religião nem a idade, todos querem e possuem sua forma de ficar bonito. Não por menos, o mercado de beleza vem apresentando um notável crescimento, principalmente no Brasil, país conhecido por sua multi diversidade cultural. Os números confirmam: somos o terceiro no mercado de produtos debeleza, perdendo apenas para as potências Estados Unidos e Japão

Dados do Instituto Euromonitor mostram que o setor brasileiro de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos faturou no último ano mais de US$ 43 bilhões. 18,9% mais que 2010, quando a indústria movimentou US$ 36,187 bilhões. 

Mas ao que se deve este crescimento? De acordo com o economista Aníbal Turenko Beça, além da produção de seus produtos, a alta é um reflexo cultural do próprio país. “Temos um parque industrial pujante e de grande produtividade, sem levar em conta a quantidade de multinacionais que produzem seus produtos aqui e os importados. Esses números só comprovam que os brasileiros não têm mesmo poupado esforços e nem dinheiro para ficarem mais bonitos. Nosso país é tropical, o corpo geralmente está à mostra, diferente de países frios, onde tudo é coberto. Temos padrões e festas culturais que celebram o corpo como o Carnaval. Temos a mídia impondo padrões de consumo e comportamento, entre eles o de zelo e cuidado com o corpo”, explicou.



A mídia tem um papel importante na divulgação dos produtos e do fascinante mercado da beleza. Novos blogs nascem todos os dias e compartilham ideias sobre produtos e tendências. Uma das pessoas que se utiliza desta rede, para a venda de produtos e trocar ideias é a consultora de beleza Julie Brelaz. Ao invés da venda porta a porta, ela criou um espaço no Facebook, para vender produtos e tirar dúvidas. “O grupo tem a finalidade de trocar informações sobre produtos, dicas de beleza e moda. Facilita minha comunicação com as consumidoras. Além de encontrar clientes de todos os tipos e de todo lugar é uma maneira mais fácil e dinâmica de vender os produtos. Ser consultora é sim muito vantajoso quando o trabalho é bem administrado. Mulheres nunca vão deixar de ser vaidosa, esse mercado só tende a crescer mais, pelas novidades, e eu to tentando passar isso a elas”, declarou. 

A variedade é sim uma das questões que atraem o público feminino, que sempre está a procura de novidades. “A variedade de produtos é algo bom. Dá poder de escolha, comparação da qualidade de produtos e até formas de pagamento”, defende a estudante universitária Leonilia Abreu. 


Outra vertente são os produtos específico para homens. A indústria tem dado uma atenção especial para estes públicos. São shampoos, cremes, e até esmaltes com cores. Eles gostam, deste cuidado especial. “Cada vez mais os homens vem se interessando nestes produtos, porque tem se importado mais com a aparência e até mesmo uma preocupação não só com a autoestima, mas com a saúde. Os produtos masculinos vieram em ótima hora, porque nossa pele, cabelo, unhas, são diferentes das mulheres. Vejo como uma tendência de mercado até”, acredita o estudante Igor Matheus. 

O estudo da londrina Euromonitor ainda aponta que se o mercado continuar em ascensão, em 2013 ultrapassará o segundo colocado em consumo de mercado de Beleza, o Japão.

Startups


Por Felipe Libório


Quando o estudante de Ciência da Computação Marcelo Henrique da Silva, 20, iniciou a Ingresse em 2009, não imaginava que o site de compras de ingressos fundado com quatro amigos o levaria a um evento com 500 outras startups em Mountain View, Califórnia. Hoje o empreendimento agrega uma equipe de 16 pessoas e intermedia a venda de ingressos para cerca de 30 eventos, festas e espetáculos em Manaus.

Marcelo contou ao UfamNomics que o foco do site não era apenas usuários interessados em consumir, mas recomendar, comentar e interagir com o conteúdo disponível na rede “Nós tivemos a idéia há cerca de dois anos, quando o Gabriel Benarrós (presidente da Ingresse), que estudava em Stanford, comentou sobre as empresas de vendas de ingressos online que estavam bastante populares nos Estados Unidos, mas que eram sem graça por não permitir aos clientes descobrir novos lugares ou interagir com outras pessoas”, conta Marcelo, que com outros dois amigos, decidiu criar uma loja virtual de ingressos que atendesse as necessidades desses usuários e oferecesse o serviço gratuitamente.

No site da AssociaçãoBrasileira de Startups (ABStartups) estão registrados 295 empreendimentos que atuam desde o recrutamento e seleção de recursos humanos para empresas até a venda de camisetas estampadas. No Brasil, as startups se multiplicam no rastro do crescimento das compras virtuais. Com o surgimento de 39,5 mi de usuários com acesso à internet no país entre 2007 e 2011, o faturamento do e-commerce (comércio através de lojas virtuais) saltou de R$6,3bi para R$19bi no mesmo período. 

Apesar de serem um modelo de negócios que inicia com poucos recursos e funcionários, o desempenho e crescimento das startups tem atraído a atenção de investidores. Uma das startups mais bem sucedidas é o site de compras coletivas Peixe Urbano, fundado em 2010. Em dois anos, o site já vendeu mais de 900 mi de cupons de compras coletivas e hoje emprega 900 funcionários no Brasil, Argentina e México. Somente no primeiro ano de mercado, a empresa obteve um faturamento de R$110mil.


Dois anos e meio após sua fundação, a Ingresse já consegue ver o reconhecimento de seu trabalho. Em abril, a empresa foi aceita no programa de aceleração 500 startups, iniciativa que financia empresas em estágio inicial com investimentos entre US$10 mil e US$250 mil. O programa, que acontece no Vale do Silício, famoso por abrigar empreendimentos inovadores e milionários, também coloca jovens empreendedores em contato com investidores e outros jovens interessados em iniciar novas empresas.

Para Marcelo da Silva, ao começar uma startup é fundamental estar disposto a correr riscos. “A parte mais difícil de começar um novo empreendimento é parar de inventar desculpas como ʻnão tenho dinheiro para começar meu negócioʼ ou ʻpreciso estudar mais um pouco sobre isso ou aquiloʼ. Ninguém nunca está pronto e para empreender é preciso arriscar”, afirma. Para se dedicar ao Ingresse, Marcelo trancou o curso de Ciência da Computação na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e pediu demissão de uma grande empresa de bancos de dados e hospedagem de sites de Manaus. “No começo minha família tinha muitas dúvidas, mas hoje encaram a minha decisão de largar a faculdade e o emprego como uma boa escolha”, diz ele. Questionado sobre seus planos para o futuro, Marcelo não esconde o espírito empreendedor. “A Ingresse ainda tem muitas realizações pela frente e devo me dedicar a elas durante esse ano. Depois pretendo voltar para a faculdade, me graduar e levar adiante minha formação acadêmica e os projetos pessoais em educação e desenvolvimento que quero implantar no Amazonas.



Se você quiser saber mais sobre startups, confira os links abaixo: